Matéria A Folha de Saltinho: Casas com Estrutura Metálica
Aço
aparente quase sempre é associado à arquitetura contemporânea. Apesar de muitas
vezes denotar traços da modernidade, na Inglaterra, por exemplo, o sistema
existe há cerca de 200 anos. No Brasil, os primeiros exemplares surgiram nas
duas últimas décadas do século 19. Mas, até hoje, a estrutura metálica está
envolvida em uma série de mitos.
É caro construir com aço? Ele
não é, em princípio, um material mais ou menos caro, se comparado a outros
métodos construtivos. O preço está diretamente relacionado ao projeto
arquitetônico. A dimensão da obra e, principalmente, o seu peso influenciam o
custo final, uma vez que o aço é vendido por quilo. Se houver adequação total dos materiais
empregados na construção, o uso do ferro pode até significar economia. É
possível planejar obras mais leves, que baixam o peso da estrutura e, conseqüentemente,
o seu preço. Tirar proveito dos benefícios oferecidos pelo sistema é o segredo
para se obter uma bela arquitetura e também economizar em itens que, se mal
programados, acarretam maior investimento.
Ele é vulnerável à ferrugem? Esse poderia ser um
empecilho para construções com aço no litoral. É verdade que o material pede
alguns cuidados específicos, mas, respeitadas as orientações dos especialistas,
não há por que se preocupar. Embora as peças cheguem à obra com protetor de uso
industrial, aconselha-se a aplicação de outros produtos isolantes antes da
pintura. Se a opção recair sobre perfis sem tinta, o mercado oferece em escala
comercial o chamado aço patinável, ou cortem. Previamente oxidado, ele não
impõe limites quanto à localização da obra.
A rapidez na montagem da estrutura é
o aspecto mais interessante a ser destacado. Isso serve até para acalmar a
ansiedade de quem está pagando a obra. Se a pessoa optasse pela técnica
convencional, precisaria aguardar meses para ver o esqueleto pronto.
Restringe o emprego de outros materiais? Nada
impede a utilização de outros recursos em conjunto com o aço. Lajes
pré-moldadas ou maciças, assim como paredes de tijolos convencionais, blocos
celulares ou placas de gesso, são algumas alternativas.
Vantagens:
Prazos curtos: o
tempo de fabricação médio das peças é de 30 dias e o da montagem, de uma semana
a 15 dias. Exemplo: uma casa de 300 m² leva cerca de uma semana para ser montada.
Uma de concreto, em torno de três meses.
Racionalização de material e mão-de-obra: o sistema industrializado evita
desperdício e requer menos operários.
Confecção de trabalhos em paralelo: enquanto se
fazem as fundações, as peças metálicas estão sendo fabricadas.
Obra limpa e organizada: sem depósitos de cimento, areia,
madeira e ferragens, o entulho é menor.
Flexibilidade de reformas: é possível incorporar novos elementos
metálicos.
Maior área útil e distância entre vãos:os pilares
e as vigas são mais delgados do que os equivalentes de concreto. Ou seja, a
área interna aumenta e a distância entre os pilares também.
Maior área útil e distância entre vãos: os pilares e as vigas são mais
delgados do que os equivalentes de concreto. Ou seja, a área interna aumenta e
a distância entre os pilares também.
Possibilidade de reciclagem: o aço tem alto valor de revenda e pode
ser derretido para a confecção de outras peças.
Desvantagens
Risco de custos maiores: se o projeto não levar em conta todos
os itens da construção, o preço pode ser de 5 a 20% maior se comparado ao
processo tradicional.
Pouco indicado em construção pequena: como se trata de uma estrutura
industrial, não se justifica economicamente a encomenda de poucas peças.
Dificuldade de transporte: a locomoção é mais complicada em
locais ermos ou cidades distantes de centros urbanos.
Desembolso em curto espaço de tempo: como os prazos são pequenos, o
dinheiro tem que estar disponível.
Necessidade de amarração: a estrutura de aço necessita de perfis
complementares para se unir às superfícies de fechamento.
Contração e dilatação constantes: se essa movimentação característica do
aço não for respeitada, podem surgir trincas nas paredes e nos pisos. Deve-se
respeitar as especificações de projeto: se ele determinar paredes de tijolos,
não é aconselhável usar blocos, por exemplo.
Esta
foi mais uma dica da Arquiteta e Urbanista Geisa Silvestrini Bernardino.
E para maiores informações,
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